O vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior (PMDB) explicou, nesta terça-feira (27), os motivos pelos quais seu nome aparece na lista do relatório apresentado pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, como possível integrante do que o procurador chama de ‘organização criminosa de Michel Temer’. Comente no fim da matéria e veja o vídeo com a entrevista na íntegra.
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“Isso é uma profunda confusão daqueles que acessam, ouvindo e lendo matérias sobre aquilo que não existe. O Procurador Geral da República fez uma denúncia formal ao STF em relação ao presidente e as primeiras informações eram de que meu nome estava envolvido nessa denúncia, mas meu nome não consta em nenhuma das 64 páginas do documento”, disse o vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior à Rede Correio Sat/98 FM.
Manoel Júnior justificou que seu nome foi citado apenas em um anexo do processo que é referente a um requerimento feito há dois anos quando o mesmo era deputado federal.
“Na verdade, existe uma cota que é um documento anexo à denúncia que se reporta a um pedido de investigação feito há mais ou menos dois anos e meu nome está lá pois na época fiz dois pedidos de audiência pública, convocando o Ministério Público, Banco Central, Polícia Federal e o BMG, que era o adquirente do grupo Schahin, grupo este que deu um golpe no sistema financeiro, um verdadeiro trambique. Então eu fiz esses requerimentos pois era membro da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. Um dos requerimentos não foi aprovado e o outro foi apreciado mas foi resumido, pois só chamava o presidente do Banco Central, na ocasião, ele foi à Câmara e prestou esclarecimentos. Por conta desses dois requerimentos, o Procurador listou meu nome nesse processo”, destacou Manoel Júnior.
O vice-prefeito de João Pessoa disse estar tranquilo com esse fato e destacou que nunca foi alvo de investigações ou algum tipo de denúncia ou delação.
“Estou muito tranquilo, fui prefeito três vezes, deputado federal, deputado estadual e vice-prefeito e sempre tive minhas contas aprovadas em todas as instâncias. Nunca fui denunciado e nunca estive envolvido em nenhum tipo de delação”, pontuou Manoel Júnior.
2018
Sobre uma possível expectativa de assumir a prefeitura em 2018, caso o prefeito Luciano Cartaxo renuncie ao cargo para concorrer nas eleições do próximo ano, Manoel Júnior demonstrou grande interesse.
“Fico pedindo a Deus para que isso possa vir a acontecer, mas se não acontecer ficarei com o mesmo papel, não tenho plano B. Renunciei ao cargo de deputado para ajudar o prefeito Luciano Cartaxo”, finalizou o vice-prefeito Manoel Júnior.