Seguindo a tendência cada vez mais presente das ‘fintechs’, empresas ‘startups’ de serviços financeiros, ou seja, empreendimentos novatos que se propõem a realizar exatamente o que um banco faz, mas com uma estrutura bem mais enxuta, preço reduzido dos serviços, tecnologia de ponta e o alcance da internet, o aplicativoCelcoin, já em uso na Paraíba, é uma iniciativa de empreendedores brasileiros e do Vale do Silício (EUA) que investem neste tipo de meio inovador. Através do App, é possível pagar contas, enviar dinheiro para outros celulares, fazer recargas, saques de valores em contas bancárias de mesma titularidade, receber trocos eletrônicos, principalmente diante da dificuldade da falta de moedas; comprar games, entre outras funcionalidades, sendo uma opção sem custos às transações bancárias tradicionais. Confira no fim do texto um vídeo explicativo do Celcoin.
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É simples entender como o sistema funciona. Segundo o consultor em programação de sistemas de computador Diego da Silva Santos, que já utiliza o aplicativo, principalmente em pequenas transações, qualquer usuário que já esteja habituado a usar smartphones está apto para dominar a tecnologia trabalhada no Celcoin.
O aplicativo, que não faz cobrança de mensalidade e taxas de adesão, transforma um número de celular em uma conta digital, sem vínculo com bancos ou com operadoras de cartão. Com o App, o usuário pode fazer transações financeiras de qualquer lugar e a qualquer hora com poucos comandos.
“Na Paraíba, a rede PagFácil (correspondente bancário) já está credenciada ao aplicativo e foi em uma de suas unidades que o conheci. Eu paguei uma conta e precisei receber um troco de R$ 0,80, mas não tinham moedas no estabelecimento. Então me sugeriram enviar o troco para o aplicativo. Eu, então, baixei para o meu celular, cadastrei uma senha e lá estavam os R$ 0,80”, contou Diego, que destaca também a praticidade de poder transferir os valores acumulados para outras contas e a possibilidade de diminuir dificuldades como a que ele enfrentou em movimentações financeiras diversas.
Com o objetivo de democratizar o acesso e melhorar a qualidade dos serviços financeiros no país, os desenvolvedores do aplicativo estão de olho nos ‘desbancarizados’, que, segundo dados do IBGE, somam cerca de 55 milhões de brasileiros e possuem renda anual de R$ 665 bilhões de reais. Os responsáveis pelo Celcoin, no entanto, também acreditam que o público que não está satisfeito com os serviços financeiros disponíveis, especialmente os mais jovens, pode passar a optar pelo aplicativo. Entre 2013 e 2015, segundo levantamento da Proteste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, as tarifas bancárias subiram 169%, o que equivale a 8,6 vezes o aumento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O usuário que quiser utilizar o Celcoin deve baixar o App, carregar o saldo da conta criada por meio de boleto ou transferência, TED ou DOC, e começar a fazer transações financeiras. Longe de qualquer burocracia para abrir uma conta, é necessário apenas ter um telefone. O Celcoin também pode ser usado pela internet e, algumas transações, como consulta de saldo, recarga e encerramento da conta, por SMS.
No Brasil, o Celcoin já conta com uma rede de 460 pontos onde podem ser realizados saques em dinheiro. Mais de 29 mil clientes já fizeram ou receberam ao menos um depósito. Com o lançamento e divulgação, os desenvolvedores esperam chegar a 300 mil clientes ativos até o final do ano.
O usuário Diego Santos, que utiliza cada vez mais os recursos oferecidos pelo aplicativo, disse que não constatou problemas nas movimentações que faz pelo Celcoin e o considera seguro, o que não significa que não possa melhorar.
“Ainda sinto a falta de mais estabelecimentos credenciados ao aplicativo, como postos de gasolina, o que facilitaria nos pagamentos”, disse o consultor, evidenciando a necessidade de que a rede do sistema seja ampliada.
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