A presidente Dilma Rousseff chegou por volta das 5h da manhã desta sexta-feira ao hotel Plaza Athenée, em Nova York, acompanhada da filha Paula e de alguns minitros. Bem humorada, disse que fez um bom voo e não percebeu as labaredas que saíram do helicóptero que a levou do Palácio do Planalto à Base Aérea de Brasília momentos antes da decolagem.
— Labareda? Do meu helicóptero? Gente, ninguém percebeu isso não. Ainda bem que vocês estão sempre a postos — disse a presidente sorrindo.
Por volta das 10h, Dilma se dirigirá para o prédio das Nações Unidas onde participa da Assembleia Geral da ONU. Ela também irá assistir ao discurso do Papa Francisco, marcado para as 11h. Dilma falará depois do Pontifice.
A presidente aproveitará sua ida à Assembleia Geral da ONU para anunciar metas sustentáveis cujo objetivo é pôr fim ao desmatamento na Amazônia em dez anos. A promessa fará parte do pacote das ambições nacionais de combate às mudanças climáticas.
A versão inicial do discurso de Dilma não contempla assuntos como a crise econômica do país. Em todos os discursos anteriores, a petista citou a economia e usou a situação fiscal do país para mostrar a “solidez brasileira”. Agora, o Brasil está sem o selo de bom pagador e com dólar a mais de R$ 4, em grande parte por causa dos problemas fiscais do governo.
Após o evento, a presidente deve participar de reuniões bilaterais com outros chefes de Estado. Segundo o Itamaraty, mais de 90 chefes de Estado vieram para a Assembleia Geral da ONU, um recorde de presença.
Antes de embarcar para Nova York, Dilma adiou para a próxima semana o anúncio da reforma ministerial. A presidente não conseguiu chegar a um acordo com o PMDB e dividir as vagas entre as indicações feitas pelas bancadas do partido no Senado e na Câmara e a cota do vice-presidente Michel Temer.