Líder do PSDB, o senador Cássio Cunha Lima (PB) afirmou nesta segunda (9) ser legítima a discussão sobre o impeachment de Dilma Rousseff e que ão se pode falar em quando parte da população pede o afastamento da presidente. A fala irritou o petista Lindbergh Farias (RJ).
Lindbergh disse que os tucanos estimulam os movimentos pró-impeachment. “Não é acusar o povo de golpista, mas tem uma minoria golpista se organizando nesse país, como fizeram com Getúlio, João Goulart. Estimuladas, sim, pelo PSDB, que questionou o processo eleitoral ao seu final”, disse o petista.
Na tribuna do Senado, o tucano disse que a oposição não está apoiando os movimentos que pregam a saída de Dilma, mas que o PSDB considera legítimas as manifestações em defesa do impeachment.
“Queda de popularidade não está prevista na Constituição como motivo para impeachment. A questão é muito mais grave. Estamos diante de um conjunto de fatos que levam, aí sim, a população a mencionar cada vez mais aquilo que é o impedimento da presidente da República previsto na Constituição”, disse o tucano.
Em defesa de Cunha Lima, o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) questionou o fato de Lindbergh ter liderado os movimentos em favor do impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, na época como cara-pintada, e agora condenar aqueles que pregam a saída de Dilma.
Irritado, o petista disse que haviam denúncias de justificavam o impeachment de Collor no início da década de 90, que agora não se replicam no governo Dilma.
“Agora não há nada. Vocês estão sendo maus perdedores. Isso é golpismo. Não me venha comparar momentos que não têm nada a ver na história. Aqui, é grito de quem perdeu a eleição e está querendo mudar o resultado.”