Centenas de economistas de vários estados brasileiros, reunidos na capital paraibana, elaboraram a Carta de João Pessoa, um documento que será entregue a equipe do novo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O documento traz uma síntese do pensamento dos profissionais sobre as necessidades de propostas e ações para o país, a partir desse novo cenário político.
Os economistas identificaram que o maior desafio do próximo governo é restaurar instituições e políticas públicas que possibilitem a governabilidade do país voltada para a promoção de elevado crescimento econômico, inclusivo, sustentável, com estabilidade de preços e aumento do bem-estar.
O documento é fruto das discussões dos grupos de trabalho e painéis do XXVII Simpósio Nacional dos Conselhos de Economia (SINCE), realizado em João Pessoa (PB), de 2 a 4 de novembro de 2022.
Em resumo, os profissionais acreditam que o êxito nesse desafio dependerá de uma série de ações, dentre as quais foram consideradas importantes: novas regras fiscais e revogação do teto de gastos; controle da inflação com taxas de juros menores.
A necessidade de reaver ativos e investimentos das estatais estratégicas, com avanço nas cadeias produtivas, revertendo a atual estratégia de desmonte, garantindo capacidade de desenvolvimento científico, tecnológico e social.
Outro destaque da Carta, com um total de 12 pontos, está a realização da reforma tributária que promova a simplificação, reduza a insegurança jurídica; promoção do crescimento da renda e o pleno emprego, com investimentos em infraestrutura, públicos e por concessão ou PPP. E mais: a retomada do Programa Minha Casa Minha Vida em grande escala e concessão de crédito, pelos bancos públicos, com taxas significativamente mais baixas.
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